Jiu jitsu para mulheres: luta ajuda a emagrecer e manter a saúde em dia

Por Ana Paula Ferreira

Créditos: Shutterstock

Não é de hoje que as mulheres estão cada vez mais interessadas – e conquistando espaço! – no mundo da luta. Além de serem atividades prazerosas e desafiadoras, as modalidades ainda ajudam a cuidar do corpo e da saúde. Prova disso é o jiu jitsu, modalidade que tem como uma de suas principais vantagens o rápido emagrecimento, além de diminuição da pressão arterial e glicemia, por exemplo.

De acordo com Chiara Brandão, cardiologista e médica do esporte, de São Paulo, uma hora de aula de jiu jitsu pode queimar até 1000 calorias, favorecendo a queima de gordura e trazendo outros benefícios como fortalecimento muscular, aumento da força, flexibilidade, autoconfiança , controle do estresse e, consequentemente, mais qualidade de vida.

Ficou com vontade de fazer um rola no tatame? Então confira abaixo tudo que você precisa saber sobre a modalidade!

Cuidados no jiu jitsu

Por ser uma atividade completa e que trabalha o corpo inteiro, ela requer alguns cuidados especiais antes, durante e depois do treino. “Antes de tudo, é preciso se atentar às condições de saúde da aluna e certificar-se de que ela está apta a fazer uma atividade física tão puxada como o jiu jitsu”, explica Chiara.

A profissional indica que seja feita uma avaliação médica bem completa antes de iniciar na modalidade. “Isso é essencial, principalmente para descartar problemas cardiovasculares e osteoarticulares que possam impedir a prática.”

E a alimentação?

Se for aprovada nos exames médicos, a aluna deve buscar ajuda de um profissional de nutrição para manter uma dieta equilibrada, que supra as necessidades do corpo para encarar esse treino mais pesado.

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“É muito importante que a praticante tenha uma dieta balanceada entre proteínas, carboidratos e gorduras, além de horários corretos. Por exemplo, antes do treino, deve-se priorizar o consumo de proteínas associado a alguma fonte de carboidrato de baixo índice glicêmico, como batata doce, arroz integral, mandioquinha ou pão integral”, orienta a cardiologista. Já no pós-treino, ela indica manter a fonte de proteína e associar uma fonte de carboidrato de alto grau glicêmico, como arroz branco, macarrão e batata.

As gorduras devem ser distribuídas entre todas as refeições – as melhores opções são oleaginosas, azeite de oliva, peixes (atum, sardinha, salmão) e abacate. “Importante lembrar que, assim como as fibras, as gorduras devem ser evitadas imediatamente antes dos treinos, pois podem causar desconforto gástrico.”

Contraindicações

Embora o jiu jitsu ofereça diversos benefícios à saúde, ele não é indicado para pessoas que tenham problema cardíaco já que exige muito esforço físico e acelera o metabolismo, podendo provocar problemas graves como arritmias, infarto agudo do miocárdio e morte súbita. “O cuidado não é algo supérfluo na prática de exercícios e é imprescindível que um médico libere a pessoa, principalmente para os treinos mais pesados como é o caso do jiu jitsu”, reafirma Chiara. “

Já para quem tem problemas articulares, o ideal é perguntar primeiro ao ortopedista se há liberação para a prática. Como a modalidade tem muitos movimentos de rotação de quadril  e coluna, pode piorar ainda mais o quadro do paciente, sobretudo se tiver impacto direto da articulação doente contra o chão.