A população brasileira ficou em alerta depois da suspeita de que o coronavírus tinha chegado ao Brasil, por meio de uma mulher que vinha de Xangai e desembarcou em Minas Gerais, no último sábado. E não é pra menos. Com sintomas parecidos com a gripe, o vírus contaminou 610 pessoas ao redor do mundo e até o momento, 25 mortes já foram confirmadas na China.
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O Ministério da Saúde já descartou a possibilidade da mulher estar infectada já que o caso da paciente internada em Minas Gerais não se enquadra nos padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a infecção pelo coronavírus. De acordo com a pasta, a cidade de Xangai não tem transmissão ativa do vírus até o momento.
Afinal de contas, o que é o coronavírus?
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), “os coronavírus (CoV) são uma grande família de vírus que causam doenças que variam do resfriado comum a doenças mais graves, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV) e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-CoV)”. Eles podem ser transmitidos por animais e pessoas e recebem esse nome por terem, em sua membrana, picos projetados que se assemelham à coroa do sol.
O novo coronavírus de Wuhan – oficialmente chamado de 2019-nCoV – causa sintomas parecidos com os do SARS e do MERS.
Como acontece o contágio?
Geralmente, coronavírus são passados por contato direto entre humanos, por meio de tosse ou espirro. Porém ainda não está claro o quão fácil isso acontece. Mas o fato de 15 agentes de saúde terem sido infectados sugere que a transmissão pode ser mais perigosa do que se imaginava, já que essas pessoas utilizam equipamentos e protocolos de higiene e proteção muito mais avançados.
Como o coronavírus surgiu?
O novo vírus provavelmente surgiu de uma feira de rua de frutos-do-mar em Wuhan, onde diversos animais foram vendidos, e várias pessoas que frequentaram o local acabaram infectadas. Os morcegos, vendidos em forma de sopa na feira, são um dos principais suspeitos.
Mas um novo estudo que analisou o código genético do vírus indica que ele pode ter sido passado para humanos pelo contato com cobras asiáticas, cuja carne também foi vendida no dia. Esse tipo de cobra é conhecido por se alimentar de morcegos.
No entanto, como o vírus consegue se adaptar aos hospedeiros tanto de sangue frio e quanto quente e como ele surgiu, ainda permanecem um mistério.
Como se prevenir?
Segundo o portal da Superinteressante, é importante ressaltar que não há nenhuma vacina ou tratamento específico para infecções por coronavírus. Em geral, trata-se o sintoma, e depois a responsabilidade fica para o sistema imunológico do indivíduo. Por essa razão, pessoas debilitadas, idosos e crianças são os grupos mais vulneráveis – e os que mais respondem pelas mortes do novo surto.
As medidas de proteção contra o coronavírus é semelhante às de gripes e resfriados. A recomendação oficial da OMS prevê a boa higiene das mãos – limpar as mãos com freqüência usando álcool ou sabão e água; manter a “etiqueta da tosse” – cobrir a boca e o nariz com o cotovelo ou um tecido ao tossir e espirrar; evitar contato próximo com quem tem febre e tosse; procurar atendimento médico se apresentar febre, tosse e dificuldade em respirar; evitar contato desprotegido com animais vivos e superfícies em contato com animais em mercados ao ar livre com circulação de coronavírus; evitar o consumo de produtos de origem animal crua ou mal cozida; e manusear com cuidado produtos crus de origem animal.
Evitar lugares fechados e aglomerações também estão entre as recomendações de proteção. Vale ressaltar que, no Brasil, não há circulação do vírus no momento, então não há motivo para preocupação com prevenção.
Sintomas
Casos mais leves podem se parecer com gripe ou resfriado comum, dificultando a detecção. Já casos mais graves podem evoluir para pneumonia e síndrome respiratória aguda grave ou causar insuficiência renal. Os sintomas incluem febre alta, tosse, dificuldade para respirar e lesões pulmonares.
Ainda há pouca informação sobre período de incubação – o tempo entre a exposição e o início dos sintomas – e transmissibilidade Estima-se que o período de incubação seja de aproximadamente duas semanas e já se sabe que ele pode ser transmitido de pessoa para pessoa. No entanto, pouco se sabe sobre quem está em maior risco de sintomas mais graves.
Devo me preocupar?
Com a disseminação do vírus para outros países e a circulação de pessoas, a chegada do coronavírus ao Brasil é uma ameaça possível. Mas, no momento, não há indícios de circulação desse vírus. Por isso, deve ser uma preocupação, mas não motivo para pânico.