A primeira vez que fiz um teste de gravidez, fiquei apavorada. Eu tinha 19 anos e só tinha transado com meu então namorado Matt por um ano. Enquanto eu esperava no banheiro dos meus pais, olhando para as linhas que apareciam lentamente no teste, não conseguia parar de pensar em como Matt lidaria com isso.
O teste foi positivo. Corri para a farmácia e comprei mais um punhado deles e voltei ao banheiro para enfiar tudo em uma xícara do meu xixi. Eles deram todos positivos. Eu estava definitivamente grávida. Depois que eu disse a ele, Matt não falou direito comigo durante uma semana inteira.
As coisas melhoraram eventualmente. Apesar de sermos jovens, ficamos muito animados em ser pais. Quando o nosso filho, Harry, nasceu em 2011, as coisas estavam absolutamente bem. Matt e eu nos casamos em 2013 e gostamos tanto de ser pais que decidimos tentar outro bebê. Foi quando tudo começou.
Início do meu vício em teste de gravidez
Quando tentamos engravidar, fiz vários testes, todos os dias. Fiquei obcecada em checar minha fertilidade com testes de ovulação e depois os de gravidez, na esperança de ver um resultado positivo. Durante o dia inteiro eu pensava no momento em que eu poderia fazer um novo teste.
Quando era hora de fazê-lo, eu pulava da cama e corria para o banheiro. É difícil descrever a emoção que sentia ao fazer um teste de gravidez, mas era como a manhã de Natal para mim: uma combinação de entusiasmo, nervosismo, adrenalina e esperança.
Sofri dois abortos durante os 19 meses que passei tentando engravidar, o que foi extremamente difícil. Fazer testes de gravidez me deu a certeza de que eu estava fazendo tudo que podia para cuidar do meu bebê.
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É claro que ficava ansiosa antes de cada teste, mas valia a calma que sentia depois – mesmo que fossem resultados negativos. Pelo menos eu sabia o que estava acontecendo.
Eu até iniciei um canal no YouTube para compartilhar minha jornada e meu amor por fazer testes de gravidez. Rapidamente descobri que essa também era uma obsessão que muitas outras pessoas.
Algumas pessoas podem pensar que é estranho tornar público algo tão privado, mas minhas seguidoras têm estado comigo durante todos os altos e baixos dos últimos anos. Elas são rápidas em me oferecer apoio ou me procurar quando não publico nada. Elas também compartilham por e-mail suas lutas para tentar engravidar e quando conseguem.
“Você está literalmente fazendo xixi em dinheiro”
Fazer testes de gravidez não é barato. Durante um ciclo médio, eu usaria dezenas de testes de ovulação e gravidez. Todo mês, eu comprava um pacote de 30 testes de ovulação por US$ 10 (cerca de R$ 38,80) e um pacote de 20 testes de gravidez por US$ 6 (cerca de R$ 23,30).
Se o teste fosse positivo, precisava de ainda mais confirmação. Para isso, eu comprava vários pacotes de um teste de gravidez que custava US$ 11 (aproximadamente R$ 42,70) para confirmar.
Eu continuei fazendo testes de gravidez duas vezes por dia durante uma semana depois que engravidei. Isso me ajudava a checar se as linhas estavam ficando mais escuras, o que eu considerava como uma indicação de que a gravidez estava indo bem.
Meu marido não estava tão feliz com isso, o que é compreensível. Certa vez, ele me disse que eu estava “literalmente fazendo xixi em dinheiro”. Mas para mim, sempre pareceu necessário.
Depois de 19 meses e US$ 500 (cerca de R$ 1950), engravidei e dei à luz meu segundo filho. Neste ponto, eu havia feito mais de 400 testes.
Nossa jornada ainda não acabou. Já faz quase três anos desde que tivemos nosso segundo filho, Charlie, e meu marido e eu decidimos que é hora de começar a tentar de novo.
Depois de ver como a tentativa de engravidar me afetou emocionalmente e a calma que sinto ao fazer os testes, meu marido entende (ou pelo menos está tentando entender) por que sinto a necessidade de fazê-los – e até começou a comprá-los para mim. Parece bobo, mas é o presente mais doce.
Para saber mais sobre Corrine e sua história, siga-a em seu canal no YouTube Corrine & Matt.