Gisele Bündchen se tornou uma das modelos mais famosas e bem pagas do mundo – o que pode parecer ser a vida perfeita para muitas pessoas. Contudo, em seu livro “Lessons: My Path to a Meaningful Life” (ou “Lições: Meu caminho para uma vida significativa”, em tradução livre), a top brasileira revela que precisou lutar contra ataques de pânico e pensamentos suicidas.
Ela conta que passou por muitas dificuldades mesmo quando tudo aparentava ser incrível. “As coisas podem parecer perfeitas do lado de fora, mas você não tem ideia do que realmente está acontecendo”, disse ela em entrevista à People. “Eu senti que talvez fosse hora de compartilhar algumas das minhas vulnerabilidades, e isso me fez perceber que eu nunca mudaria tudo que passei, porque acho que sou quem eu sou por causa dessas experiências.”
Após um início de carreira difícil, em que criticavam seu rosto e diziam que ela nunca seria capa de uma revista, Gisele teve sua estreia como modelo em um desfile para Alexander McQueen em 1997. Um ano depois, a top se tornou cover girl da Vogue norte-americana.
Leia mais
14 formas de ajudar uma pessoa que tem pensamentos suicidas
Já em 2000, a modelo fechou um contrato recorde com a Victoria’s Secret no valor de US$ 25 milhões (o que, hoje, equivaleria a mais de R$ 102 milhões) e começou um namoro com Leonardo DiCaprio, fatos que a levaram a ser destaque nos tablóides internacionais.
Contudo, toda essa fama veio acompanhada de um ponto bastante negativo: a ansiedade. Ela teve seu primeiro ataque de pânico durante um acidente em um pequeno avião em 2003. Depois disso, Gisele desenvolveu medo de túneis, elevadores e outros espaços fechados.
“Eu tinha uma posição maravilhosa na minha carreira, eu estava muito perto da minha família e sempre me considerei uma pessoa positiva, então eu realmente me questionava: ‘Por que eu deveria estar sentindo isso?’. Sentia que não era permitido ficar mal”, relata. “Mas me senti impotente. Seu mundo se torna cada vez menor e você não consegue respirar.É o pior sentimento que já tive.”
Com os ataques de pânico, vieram também os pensamentos suicidas. “Eu realmente tinha a sensação de que ‘se simplesmente pular da minha varanda, isso vai acabar, e eu não terei mais que me preocupar com esse sentimento’”.
Depois de se consultar com um especialista e receber a prescrição de um remédio, Gisele decidiu que não iria depender de medicações para ficar bem. “O pensamento de ser dependente de algo parecia, na minha opinião, ainda pior”, relata ela. “Eu pensava: ‘E se eu perder essa [pílula]? E aí, eu vou morrer?’ A única coisa que eu sabia era que precisava de ajuda.”
Leia mais
Meu corpo real: leitora conta como superou a depressão
Sua decisão, com isso, foi passar por uma mudança completa em seu estilo de vida. “Eu fumava, bebia vinho e tomava café todos os dias. Parei com tudo do dia para a noite”, conta. A top ainda buscou a yoga e meditação para aliviar o estresse – atividades que mantém até hoje.
“Lessons: My Path to a Meaningful Life” será lançado em 2 de outubro.
Visualizar esta foto no Instagram.
Visualizar esta foto no Instagram.