Mulher sofre AVC após romper vaso sanguíneo em posição de ioga

Por Redação WH

Foto Divulgação/SWNS

Assim como qualquer outro tipo de atividade física, a ioga também pode oferecer alguns riscos quando se fala em lesões. Foi o que aconteceu com Rebbecca Leigh, praticante da modalidade há mais de 20 anos: ela sofreu um AVC após romper um importante vaso sanguíneo do pescoço enquanto fazia uma posição complicada.

Tudo aconteceu quando a mulher de 40 anos filmava um tutorial para publicar no Instagram (ela tem mais de 28 mil seguidores!). Segundo o Daily Mail Online, após executar um “handstand hollowback” – um tipo de parada de mão –, Rebecca notou que sua visão ficou embaçada, seus membros fracos e começou a sentir dor de cabeça.

A princípio, ela achou que fosse algo normal e passageiro. Contudo, dois dias depois, foi ao médico e ficou chocada ao descobrir que, apesar de jovem e saudável, havia sofrido um derrame e corria o risco de ter outros a qualquer momento.

Devido a algumas sequelas, hoje Rebecca não consegue falar por mais de alguns minutos devido a danos nos nervos. Além disso, tem dores de cabeça diárias e perda de memória severa.

De volta à ioga

Mesmo com esse susto, Rebecca não deixou a ioga de lado em sua vida. Segundo contou ao Daily Mail, apenas um mês após sofrer o AVC ela já estava de volta aos treinos por uma hora diária.

“Depois de décadas me concentrando em minha dieta e tomando tantas decisões saudáveis quanto podia para o meu corpo, ter um derrame fez a ioga não parecia justa”, lamentou. “Mas eu tive que voltar lá e fazer as coisas que me fizeram feliz. E uma dessas coisas era, obviamente, minha prática de ioga.”

Como ocorreu o AVC

Rebecca sofreu uma dissecção da artéria acártida (DAC). Isso ocorre quando o sangue vaza na parede do vaso sanguíneo. À medida que o sangue se acumula, faz com que as camadas da parede da artéria se separem. Isso impede que o oxigênio chegue ao cérebro e é uma das principais causas de acidente vascular cerebral, principalmente em pessoas com menos de 50 anos.

“Eu estava na varanda da minha casa praticando uma posição bastante intensa chamada handstand hollowback (foto). Esta postura requer que você fique de ponta-cabeça, estenda o pescoço, solte os quadris para trás e arqueie a parte inferior da coluna”, explicou ela. “Eu senti que realmente tinha acertado, mas quando entrei na minha casa, minha visão periférica se apagou e o resto da minha visão ficou embaçada.”

Foto Reprodução/Instagram

Ela, então, se sentou e prendeu seu cabelo. Foi quando perdeu o controle de seu braço esquerdo. “Eu sofria de dores de cabeça e enxaquecas desde que era adolescente, mas sabia que isso era diferente.”

Dois dias depois, Rebecca notou que suas pupilas tinham tamanhos diferentes.”Foi aterrorizante. Foi então que soube que algo estava muito, muito errado.”

Ao ir ao hospital, um exame de ressonância magnética revelou que ela havia sofrido um derrame. “O médico da equipe entrou no quarto em que eu estava esperando e deu a notícia em um tom monótono”.

Leia mais

Danos nos nervos faz mulher ficar paralisada toda vez que mexe a cabeça
Esta quantidade diária de cigarros aumenta o risco de doença cardíaca

-->

Na hora, Rebecca chegou a rir, porque achou que o profissional estava brincando. “Não havia como alguém da minha idade e minha saúde ter sofrido um derrame. Mas ele respondeu com um silêncio e, então, seu rosto dizia tudo.”

Depois de cinco dias na UTI e muitos exames, os médicos finalmente descobriram que a causa do AVC foi o rompimento de sua artéria carótida direita. Trata-se de uma das quatro artérias que fornecem sangue para o cérebro.

Por seis semanas, Rebecca sentiu dores intensas de cabeça e ficou totalmente sensível à luz. Além disso, ela perdeu cerca de 9 quilos pois sequer conseguia sair da cama sem ajuda. “Eu não podia tomar banho, lavar meu cabelo, me alimentar ou tomar meus medicamentos sozinha.”

Aos poucos, contudo, ela começou a notar uma melhora e passou a ser capaz de fazer algumas pequenas caminhadas na rua sozinha. Seis meses depois, os exames apontaram que sua artéria carótida estava completamente curada. O aneurisma, no entanto, ainda estava lá e Rebecca sente os efeitos diariamente.