Três pessoas morreram de câncer de mama depois de receberem órgãos da mesma pessoa para transplante. A doadora, uma mulher de 53 anos, faleceu em 2007 devido a um derrame e doou seus rins, pulmões, fígado e coração.
Seis anos após as cirurgias, contudo, quatro dos cinco receptores faleceram. O paciente cardíaco morreu de sepse – complicação fatal causada por alguma infecção. Já os demais desenvolveram câncer de mama que, depois, se espalhou por seus órgãos saudáveis. Apenas um sobreviveu.
De acordo com informações do Daily Mail, a doença não foi notada pelos médicos antes da doação dos órgãos. Os profissionais explicaram que as chances de contrair câncer com qualquer transplante são de apenas uma em 10 mil. Além disso, eles acreditam que esta foi a primeira vez que um paciente passou a doença para quatro receptores.
Pacientes com câncer de mama após os transplantes
Os médicos provaram que o câncer havia se originado no doador de órgãos, fazendo testes de DNA.
A primeira pessoa a ser diagnosticada com a doença nos seios foi uma mulher de 42 anos que recebeu dois pulmões. Menos de um ano e meio depois do procedimento, ela precisou ser internada porque os órgãos não estavam funcionando adequadamente.
Foi quando os médicos descobriram que o câncer havia iniciado em seus pulmões se espalhado até os ossos. Mais tarde, a doença passou para o fígado e a levou a óbito em agosto de 2009.
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Vale ressaltar que mesmo estando em outras partes do corpo, a doença foi chamada de câncer de mama porque os tumores eram feitos de células que começaram no tecido mamário, mas se espalharam para outras áreas.
Ao serem divulgadas notícias sobre a morte do receptor do transplante de pulmão, a mulher de 62 anos que recebeu o rim esquerdo e o homem de 32 anos que recebeu o rim direito foram avisados sobre o risco de câncer.
Logo depois, ambos se submeteram a exames, mas nenhum sinal da doença foi encontrado imediatamente. Em 2011, contudo, o rapaz foi diagnosticado com câncer de rim e a mulher com câncer no fígado.
O homem teve seu rim transplantado removido e foi medicado por um ano – o que o livrou da doença em 2012. Já a mulher teve o câncer espalhado para o rim, ossos, baço e outros órgãos do trato digestivo, a levando a óbito dois meses após o diagnóstico, seis anos depois de receber o rim doado.
Já o quarto paciente a ter câncer foi a mulher de 59 anos que recebeu o fígado. Seu tumor foi detectado em 2011, mas ela não quis remover o órgão por medo de passar por complicações.
Os médicos chegaram a noticiar que a mulher afirmava se sentir bem e que o tratamento havia conseguido estabilizar a doença. Contudo, quando o câncer começou a se espalhar em 2014, ela recusou qualquer tratamento adicional e morreu.