Mulher é operada após colocar mola de metal na vagina para não engravidar

Por Ana Paula Ferreira

Foto AsiaWire

A falta de informações sobre método contraceptivo é um problema grave, podendo levar a uma gestação indesejada ou doenças sexualmente transmissíveis. Prova disso é a história de uma mulher que inseriu uma mola de metal na vagina para não engravidar.

Segundo o site britânico Unilad, a chinesa de 31 anos que não teve seu nome divulgado colocou o objeto no  canal vaginal pensando que ele poderia funcionar como um dispositivo intra-uterino (DIU), deixando-o lá por cerca de seis meses.

É claro que o “método” não funcionou e a mulher ficou grávida. Ao descobrir a gestação, ela procurou o hospital para fazer um aborto. “Ela estava grávida de cinco meses e veio ao nosso hospital para abortar. Durante nossos exames, contudo, encontramos anéis alojados entre a vagina e o colo do útero. Era uma mola que já havia sido envolvida por seu tecido vaginal”, contou Fu Junhong, ginecologista responsável pela paciente, ao Unilad. “Ela pensou que inserir uma mola em seu corpo impediria novas gestações. O objeto foi encontrado no chão de sua oficina. Ela pegou, lavou e depois inseriu sozinha, cerca de meio ano atrás. Foi muito anti-científico e muito anti-higiênico.”

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A mola teve que ser removida por partes em uma cirurgia de emergência, com a ajuda de um alicate para cortá-la. Assim, ela foi cortada em sete pedaços e removida do corpo da mulher na operação que durou 40 minutos.

Foto AsiaWire

Felizmente, a mulher não sofreu danos nos tecidos ou infecções e recebeu alta do hospital logo depois. Não se sabe, contudo, se a gravidez foi interrompida.

Educação sexual e método contraceptivo

De acordo com o Unilad, não se sabe em que tipo de informação a mulher se baseou para inserir a mola dentro de si mesma, embora seja um sinal claro de falta de educação sexual – problema recorrente na China.

Segundo o site Sixth Tone, uma pesquisa realizada pela Federação das Mulheres da China descobriu que 80% dos adultos entrevistados não entendiam completamente a contracepção. Delas, mais de 36% disseram que confiam apenas no método de coito interrompido (algo que é apenas 78% eficaz na prevenção da gravidez).