Como uma dor de cabeça me fez repensar a noção de limite

Por Camila Borowsky

dor de cabeça
Foto Shutterstock

Passei quase um ano inteiro frequentando com alegria as aulas de funcional/crossfit. A sensação que vinha logo ao sair de todo aquele tormento era de puro dever cumprido, serotonina bombando e camiseta suada. O problema é que, quando a noite chegava, a cabeça doía, os músculos (principalmente ao redor do pescoço e na lombar – ah, e também as pernas. Talvez a bunda…) estavam sempre muito doloridos.

Resultado: nos três dias seguintes eu não conseguia ir para a academia (que eu amava, era muito bem atendida e, sim, trazia muitos resultados de fortalecimento e perda de peso) porque não conseguia me recuperar de tamanho esforço.

Mas aquela não era eu. E descobri isso de um jeito muito péssimo. Tive uma dor de cabeça tensional e passei quase um mês com uma cefaleia que ia e voltava, sem nunca me deixar por completo – até que procurei por um especialista. Qual não foi minha surpresa quando o tratamento receitado incluía sessões de terapia, acupuntura e fisioterapia?

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Para completar o combo zen, resolvi experimentar uma aula de hatha yoga. Saí de lá colocando todos os preconceitos que algum dia tive com yoga no lixo. Me encontrei. Respirei direito, me mantive em posições que achava que não conseguiria, perdi muitas vezes o equilíbrio e recomecei. E, no fim, meditei.

A mistura de tudo isso fez com que sentisse os benefícios da aula ainda hoje (junto com uma dorzinha muscular gostosinha no abdômen e bumbum) e o dia da prática foi de uma plenitude que não se compara a nada que tenha sentido na vida. Ou, pelo menos, não lembro. Parecia que estava sob efeito de alucinógenos. Chapada de bem-estar.

 

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Acho que resolvi vir escrever aqui para vocês, na estreia do nosso blog “Fala, WH!”, para que a gente repense os nossos limites – e isso em todas as áreas das nossas vidas. Sempre prego que a gente precisa aprender a falar alguns nãos pelo caminho. Trabalhou demais e combinou com uma amiga de sair, perdeu a vontade no meio do dia, abra seu coração e fale seu não. Bateu uma dor de cabeça e perdeu a vontade de transar? Diga não. E se a pessoa que está ao seu lado da cama não entender isso, falo com sinceridade, está na hora de repensar esse relacionamento. Pela minha experiência, as crises de ansiedade que vivi sempre foram relacionadas aos nãos que eu não disse.

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Tem muita gente por aí pregando ultrapassar limites como algo bom. Acho que existe uma linha tênue entre o positivo e o negativo. Ultrapassar um limite e se mostrar capaz é legal, mas fazer isso todos os dias acaba deixando seu corpo bem louco porque diariamente ele precisa dar muito mais do que estava preparado.

O meu limite chegou. E eu precisei dizer não. No caso, para o meu funcional/crossfit. E você, como anda distribuindo os seus nãos pelo mundo?

Conta para mim lá no Instagram @borowskycamila ou no meu e-mail camila@revistawh.com.br.


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