Bruna Linzmeyer: “Eu amo ovular, porque tenho energia nessa semana”

Por Camila Borowsky

Foto Julia Rodrigues

Assim como muitas mulheres, Bruna Linzmeyer contou em entrevista à WH de março que já fez parte do time que reclamava da menstruação uma vez por mês.

“Eu sempre repeti o discurso de ‘que saco menstruar’, ‘é chato’, ‘é incômodo’, ‘a gente fica inchada’, mas aí tudo mudou quando parei de tomar anticoncepcional, em 2015”, conta. “Tomei desde os 15 anos, foi muito pesado.Só depois entendi o quanto mudava a minha libido, a minha vitalidade, a minha lubrificação.”
Foi ao largar a pílula que ela viu que funciona diferente à medida que o mês vai passando. “Quando estou na fase pré-menstrual, tem aquela irritabilidade, aquela vontade de resolver tudo muito rápido. As coisas que fico irritada são geralmente as que preciso prestar atenção”, avalia.

Já a menstruação é considerada por ela uma etapa mais positiva. “Amo o dia em que eu menstruo. Tenho uma certeza das coisas, tudo fica muito claro: sei em quem posso confiar, sei de que jeito que tenho que fazer aquele texto, sei tudo. Se ligo para alguém, sei exatamente o que essa pessoa está sentindo. A intuição fica muito aflorada, mas é um dia em que estou com menos energia.”

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Bruna conta que, por mais que às vezes sinta dor nesses dias, ela opta por óleos essenciais, bolsa de água quente e chás. “Tento não tomar remédio para entender também essa dor. O sistema capitalista que a gente vive não está preparado para a gente ter altos e baixos, nem físicos, nem emocionais. E é isso que o hormônio anticoncepcional sintético faz: ele deixa a gente sempre igual. Que saco!”

Por fim, ela também avaliou seu período de ovulação. “Eu amo ovular, porque tenho uma energia nessa semana. Tenho muito tesão, tenho muita vontade de transar, tenho vontade de resolver as coisas, trabalho muito. Conseguir encaixar as coisas do mês nesses períodos não é fácil porque as questões à nossa volta não estão preparadas para a gente. Mas adoro conseguir entender e aproveitar esses sinais que o corpo dá.”

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