A alimentação é um fator muito importante para garantir todos os nutrientes que o bebê precisa durante seu desenvolvimento na gestação. Mas e quando a mulher não consome alimentos de origem animal? Será que dieta vegana na gravidez é segura?
Segundo Cyntia Maureen, nutricionista e consultora da Superbom (SP), esse tipo de alimentação não oferece perigo para o desenvolvimento do feto, mas é preciso tomar alguns cuidados, como acompanhamento médico e nutricional durante todo o processo, para obter as orientações necessárias.
Para esclarecer algumas questões que ainda geram dúvidas, a profissional esclareceu 4 mitos e verdades sobre esse tema:
1. É seguro seguir uma dieta vegana na gravidez
Verdade. De acordo com o artigo publicado no Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics, essa dieta é saudável, nutricionalmente adequada e pode fornecer benefícios na prevenção e no tratamento de certas doenças, como diabetes, doenças cardíacas, hipertensão arterial, obesidade e alguns tipos de câncer. Além disso, ainda oferece vantagens cerebrais ao feto. “Portanto se trata de uma opção segura, tanto para a mãe quanto para o bebê, desde que tenha acompanhamento médico”, indica Cyntia.
2. O veganismo prejudica o desenvolvimento do bebê
Mito. Por se tratar de uma opção altamente restritiva, pode trazer problemas à saúde se não for efetuada de forma correta – assim como qualquer outra dieta. “É preciso ter atenção, aumentar a ingestão de legumes, verduras e frutas. Não basta só deixar de comer carne, mas sim fazer com que os nutrientes da carne sejam substituídos por outros alimentos”, comenta. “Dessa forma, essa opção alimentar não prejudicará a criança”.
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3. Não é indicado a amamentação nesses casos
Mito. A mãe pode optar pela amamentação normalmente. “Contudo, novamente é importante contar com acompanhamento com nutricionista e pediatra para garantir que as vitaminas e minerais passados para o bebê não estejam abaixo do necessário.”
4. As crianças não devem adotar essa alimentação após o nascimento
Mito. Segundo a especialista, não há nenhuma contraindicação em relação ao fato da criança deixar de ingerir alimentos de origem animal. “Minha orientação é que, assim como nas dietas convencionais, a criança adote esse hábito com a supervisão de um especialista. Por estarem em fase de crescimento, os pequenos possuem uma necessidade maior de nutrientes na comparação com os adultos”, conclui a nutricionista.