Obesidade atinge 18,6% dos brasileiros: mais da metade está com sobrepeso

Uma doença crônica, que tende a piorar sem o acompanhamento médico adequado, e que deve atingir mais de 700 milhões de pessoas no mundo até 2025, é por isso que a obesidade precisa ser abordada e, mais, prevenida. No dia 11 de outubro o mundo se volta para o tema, data em Mundial da Obesidade e Nacional de Prevenção da Obesidade. E caso nada seja feito, o número de crianças com sobrepeso e obesidade poderá chegar a 75 milhões no mesmo período. É o que alerta a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica(ABESO).

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde no começo de 2017 mostram que, no Brasil, a obesidade cresceu 60% em 10 anos, de 11,8% em 2006 para 18,9% em 2016. E a evolução é semelhante tanto em homens quanto mulheres. Nos homens a frequência foi de 12,1% para 19,6% e nas mulheres de 11,4% para 18,1%. Há ainda um alerta à prevalência alta da obesidade mesmo entre os mais jovens (de 25 a 44 anos), que passou de 11,8% em 2006 para 18,9% em 2016, atingindo quase um em cada cinco brasileiros. Os números fazem parte da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) realizada pelo Ministério da Saúde em todas as capitais do país, de fevereiro a dezembro de 2016 com 53.210 pessoas maiores de 18 anos.

Segundo a pesquisa, o crescimento da obesidade é um dos fatores que pode ter colaborado para o aumento da prevalência de diabetes e hipertensão, doenças crônicas não transmissíveis que piora a condição de vida do brasileiro e podem até matar. O diagnóstico médico de diabetes passou de 5,5% em 2006 para 8,9% em 2016 e o de hipertensão de 22,5% em 2006 para 25,7% em 2016. Em ambos os casos, o diagnóstico é mais prevalente em mulheres.

Prevenção

A orientação do Ministério da Saúde para prevenir a obesidade é a reeducação alimentar e a prática regular de atividades físicas. Tente, por exemplo, trocar alimentos ultraprocessados por naturais ou minimamente processados. Ao invés de doces, prefira frutas da estação. Procure, também, reduza o consumo de sal e açúcar.

*Leia os dados da pesquisa Vigitel Brasil 2016 aqui.